Empresas constatam as grandes vantagens de terem seus profissionais trabalhando em casa


Ter o funcionário trabalhando em casa reduz os custos do negócio e aumenta a margem de lucro e a produtividade
A produtividade dos profissionais que trabalham em casa é de 20% a 40% maior do que os que ficam nas empresas.
O homeshoring ou homesourcing é a transferência do local de trabalho de dentro da empresa para a casa do empregado. Recria-se a estrutura do trabalho dentro de casa, que é equipada com ferramentas necessárias para a execução das atividades profissionais. Essa tendência surgiu nos Estados Unidos nos anos 80 e se desenvolveu em maior escala com a expansão da internet a partir de 1990.
O “trabalho em casa” oferece, inicialmente, a oportunidade para que alguns profissionais mudem as relações de trabalho/emprego com as suas empresas. Com essa mudança, o trabalhador pode conquistar melhores condições para o exercício profissional, como qualidade de vida e atenção à família. Eles podem manter ou não os seus vínculos empregatícios, mas exercerão suas atividades a distância – prática crescente nas empresas no mundo inteiro. No caso de desvinculação das amarras do emprego, esta nova modalidade de trabalho tornar-se-á um figurino perfeito para os potenciais candidatos a Empreendedor Individual ou microempresários.
Vantagens do homesourging para a empresa
Se para os empregados o trabalho em casa é ótimo, para as empresas também oferece muitas vantagens. As empresas são desoneradas e têm reduzidos os custos de instalação e custeio, ou seja, com a redução dos custos de produção, a margem de lucro aumenta. Segundo o analista americano Mark Penn, autor do livro “Microtendências: as pequenas forças por trás das grandes mudanças de amanhã”, a produtividade daqueles que trabalham em casa é de 20% a 40% maior do que a daqueles que cumprem seus horários nas empresas. E vai além: a avaliação do grau de satisfação das empresas com os trabalhadores a distância é 76% positiva. A pesquisa foi feita em algumas empresas que adotam essa modalidade de trabalho.
Dados do Euromonitor International (2010) indicam que as empresas podem economizar cerca de US$ 2.000,00 por ano para cada empregado que não ocupa os seus espaços físicos. É o que ocorre com a IBM, que tem 25% do seu efetivo trabalhando em casa (cerca de 320.000 empregados). Por ano, isso representa uma economia de US$ 700 milhões em custos de instalações imobiliárias. Outra gigante, a AT&T já economiza US$ 550 milhões e a Cisco, US$ 277 milhões/ano. Os funcionários que trabalham em casa custam de 30% a 70% menos para a empresa do que aqueles que batem ponto no escritório.
No Brasil, principalmente no caso das empresas de micro e pequeno porte, os empregadores têm, além dos custos de instalação e ocupação, uma pesada carga tributária, que inclui contribuições sociais a serem pagas por trabalhador contratado. Há casos em que ex-colaboradores adquirem personalidade jurídica e trabalham em casa como parceiros ou fornecedores de seus antigos empregadores, mas isso exige do novo empreendedor uma preparação para essa nova relação de trabalho.
No Brasil, o “trabalho a partir de casa sem vínculo empregatício” ainda é considerado um tabu pela maior parte da população. A nossa população é condicionada, por falta de informação, a encarar como garantido o processo, escola, faculdade, concurso e emprego, ignorando a existência de uma multidão de formados que estão desempregados ou sub-empregados. A baixa concorrência no trabalho a partir de casa tem ajudado alguns poucos a ganharem fortunas com esse tipo de trabalho, ocupando apenas de 2 a 4 horas do dia.


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