Grandes inimigos da pele: radicais livres




De acordo com as teorias mais modernas, a atuação dos radicais livres parece ser um dos fatores mais importantes para o envelhecimento cutâneo. Além de serem desencadeadores, os Radicais Livres se constituem em um subproduto inevitável da vida diária. Eles são gerados por todas as funções orgânicas, desde a respiração celular,  para a produção de energia, até as funções como circulação, digestão, etc…

Um pouco da história

Os RL são cada vez mais reconhecidos como uma das principais causas do envelhecimento e de doenças degenerativas associadas à idade.

São conhecidos desde 1929 e; em 1950, suspeitou-se que existiam também em organismos vivos.

Em 1954, foram identificados em leveduras e somente 10 anos depois foram encontrados em humanos.

Fontes Fisiológicas de RL:

- As reações de oxidação realizadas pelas mitocôndrias através da fosforilação oxidante, que resultam em energia celular. Cerca 1 % do oxigênio absorvido pelo organismo sofre mudanças e transforma-se em espécies reativas de oxigênio – ROS - que são moléculas instáveis;

- As reações oxidantes de enzimas como Catalase, Superóxido Dismutase  e Glutationa Peroxidase;

- A produção de Ácido Úrico;

- O metabolismo do Ácido Araquidônico, formado pela decomposição das gorduras das membranas celulares sob ação dos RLs.

Fontes Externas de RL:

- A radiação solar (a principal!);

- Os pesticidas e a poluição ambiental;

- A fumaça dos cigarros;

- Certos medicamentos anti-tumorais, etc…

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Formação dos RL

Os RL são moléculas que possuem um elétron desemparelhado na sua órbita mais externa, tornando-se por isto muito instáveis e reativos.  Para se reequilibrarem,  buscam se ligar à qualquer molécula que esteja próxima, e delas “roubarem” um elétron adquirindo assim a estabilidade.

De acordo com Dr. Nicholas Perricone  “os radicais livres agem como um indivíduo descontrolado num bar para solteiros, eles se envolvem em relações pouco saudáveis e causam grandes danos aos seus parceiros – outras moléculas e átomos – que de nada desconfiam”.

Envelhecimento:

Resultado da ineficiência das nossas defesas

O Organismo desenvolveu um sistema especial de defesa para combater os RL: a produção dos antioxidantes.

Os antioxidantes previnem os danos provocados pelos RL simplesmente “doando”  a essas moléculas instáveis os elétrons para neutralizá-las.

Após neutralizados,  os RLs se equilibram e deixam de desestabilizar as  moléculas das células.

Dentre os antioxidantes mais poderosos destacam-se as Vitaminas E, C, os Carotenóides, o Ubiquinol (Coenzima Q10), o Ácido Retinóico e os Polifenóis. O próprio organismo produz  naturalmente enzimas responsáveis pela nossa defesa contra a agressão dos radicais livres: Glutation-Peroxidase (GPx),a Superóxido Dismutase (SOD) e a Catalase.



A ação da SOD deve estar associada à das catalases e peroxidases para evitar o acúmulo de peróxido de hidrogênio que possui forte poder oxidante , capaz de se decompor no temível radical hidroxila OH,capaz de atacar as estruturas orgânicas mais estáveis.

De acordo com o pesquisador húngaro, Imre Nagy, que dedicou grande parte de sua vida à compreensão do processo de envelhecimento, os RL parecem ser “atraídos”  para áreas com maior densidade de moléculas, justamente pela presença de maior número de elétrons.

Por ser dupla e de natureza fosfolipídica, a membrana celular  torna-se um alvo preferencial para os RLs, que atacam as moléculas dos Ácidos Graxos Livres.

Após este ataque, inicia-se a produção de Ácido Araquidônico, que ao ativar determinadas enzimas como a Fosfolipase A2, provoca uma cascata de reações que danifica as células.  Assim agredida, a membrana celular se desestrutura e a célula morre.


A quebra da homeostasia:

o desequilíbrio do organismo.

Apesar de essenciais à vida, neutralizando as moléculas reativas, as reações das enzimas de  defesa, ocorrem de forma lenta.  Além disto, o organismo tem capacidade de produzir antioxidantes dentro de um limite, e, embora possamos “repor” estes elementos de defesa, se houver uma sobrecarga no nosso sistema antioxidante, pode ocorrer o chamado stress oxidante.

Isto acontece por exemplo quando a pele se expõe de forma excessiva à radiação solar, sem a proteção dos filtros, precipitando o envelhecimento precoce.



Além da agressão à membrana celular os RLs são capazes de ativar os chamadosfatores de transcrição. Os fatores de transcrição são moléculas mensageiras que comunicam ao DNA celular as suas ações essenciais.

Sob a Radiação UV excessiva os RLs gerados ativam estes fatores de transcrição, deslocando-os para o núcleo celular. Ao atingirem o núcleo estas moléculas ativam o DNA, que passa a estimular a produção de diversas substâncias pró inflamatórias, inclusive as enzimas que destroem o colágeno e desencadeiam as rugas.

Fonte: http://celsohl.com/2011/04/13/radicais-livres-grandes-inimigos-da-pele/

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